quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Jeitinho não tem mais vez

Não consigo entender o que pensam certas pessoas que fazem questão de se aproveitar de situações.
Sou consumidora, portanto posso falar com propriedade. Quando procuro um produto ou serviço não faço questão de super exigências nem fico chorando mil descontos. Parece até que somos uns coitados e estamos sendo explorados por aquele vendedor ou prestador de serviços, que passa a ser nosso algoz quando da nossa choradeira.
Sei que há empresários e empresários, vendedores e vendedores, mas há também consumidores e consumidores.
Sabemos dos nossos direitos e também que tudo tem seu preço. Mas daí a nos aproveitarmos de uma situação, há uma diferença bem grande.
Já vi o absurdo de um vendedor dar desconto tirando da sua mísera comissão em benefício de um cliente que não teve por ele (vendedor) a menor consideração.
Sei que estamos num mundo (ou país) de pessoas golpistas e safadas, que exploram os consumidores. Mas temos que ter certo cuidado para não nos tornarmos mesquinhos.
Deixar de comprar um bem ou serviço em sua cidade para comprar em grandes centros, só é bom se a diferença de preço for muito grande. Quando podemos adquirir esse produto ou serviço prestigiando o comércio local, temos benefícios, no atendimento, nas garantias e eventuais trocas. Não esquecendo também que assim, aquecemos as vendas e geramos impostos para o município.
Há também aquelas pessoas que procuram um prestador de serviços, mas querem dar o golpe na pessoa que vai pagar o serviço, pedem então nota fiscal com o dobro do valor para receber da pessoa o que certamente não lhe é direito. Outras combinam um determinado serviço e na hora de buscar o bem querem tirar vantagens afirmando que o combinado fora um serviço bem mais completo.
Penso que chegou o momento de pararmos com esse jeitinho brasileiro. Está na hora de tratarmos de certos assuntos como manda a regra da boa conduta. O consumidor tem os seus direitos, é claro. Mas da mesma forma tem suas obrigações. E essa honestidade é o legado que vamos deixar para os nossos filhos. Por isso se queremos um futuro tranqüilo e justo para os nossos jovens, vamos começar já a dar os devidos exemplos, em tudo que nos diz respeito.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nadar, nadar e ...morrer na praia

Este final de semana estive em J...,litoral norte de São Paulo. É um lugar muito lindo, praia limpíssima, água cristalina, muito verde.
Mas... não parecia que estávamos no Brasil. Brasil de brasileiros, brasileiros mesmo.
Procuramos (eu e meu marido) um barzinho. Um desses que a gente senta na beira da praia com cadeirinhas de madeira. Lugar descontraído onde você pode comer uma isca de peixe, um camarãozinho...e pagar um preço normal, acessível. Acho que esses donos de restaurante estão completamente fora da realidade. Perderam a noção de quanto vale uma refeição ou querem ganhar tudo o que não ganharam durante o ano na baixa temporada. Quanto pode ou deve custar um prato como esse, se você está na praia... litoral... mar... não é lá que se pescam os peixes? Não é lá que deveríamos pagar um preço menor pela facilidade de se pescar e não ter custos de transporte, caminhão refrigerado, etc? Não havia barzinho, restaurantezinho, nem barraquinha. Havia apenas restaurantes chiquérrimos com preços absurdos onde uma refeição individual não custa menos de R$45,00 isto sem contar o couvert e os 10% do garçom. Em nenhum deles conseguimos uma porção de peixe frito! Muito interessante! E os pescadores? Do que vivem? Acho que mudaram de profissão, pois se dependessem daquela gente fresca e esnobe que passa o dia nos resorts e hotéis morreriam de fome. Os tais restaurantes praticamente vazios, com meia dúzia de “gatos pingados” e as pessoas de classe média não podendo freqüentá-los. Acho que a imprensa deveria fazer uma matéria sobre isso e pesquisar o que acontece em nossas praias, tão lindas, que já não são mais nossas. Pertencem hoje aos “gringos” cheios do dinheiro que acham tudo uma “bagatela” enquanto que nós, os verdadeiros donos do lugar, ficamos a “ver navios”.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ansiedade ou Falta de Educação?

Uma coisa que me deixa louca, é conversar com aquelas pessoas que tem o grave vício de não dar atenção, ou seja, não ouvir o que estamos dizendo.
Você encontra um amigo que não vê há tempos. Quer saber as novidades, mas também quer contar as suas.
Bem, no desenrolar do papo você já escutou a vida dele toda e não conseguiu sequer dar sua opinião a respeito do que ele disse. Que dirá contar algo sobre você.
Aí chega o momento, na primeira brecha, você entra e acha que está abafando, mas quando percebe, o sujeito está simplesmente prestando atenção em outra coisa e não está nem olhando para você. Então, para piorar corta o seu assunto para comentar ou criticar alguém que está passando.
Isso acontece muito hoje em dia e é uma grande falta de respeito. As pessoas estão tão atarefadas e estressadas, que querem chegar antes de sair. Não percebem sequer que ao seu lado há um ser humano.
A ansiedade toma conta, deixa de ser inofensiva e passa a ser uma verdadeira inimiga. Nós temos que ser mais cuidadosos com nossos amigos. Saber falar é belo, mas saber ouvir é nobre. Quantas vezes nos sentimos extremamente aliviados quando podemos desabafar ou chorar num ombro amigo. Da mesma forma, temos que ceder o nosso ombro. Temos que estar atentos para ouvir as pessoas, para dar a outrem a atenção que queremos para nós mesmos.
A verdadeira fraternidade começa nesses momentos. Ser fraterno não é só ajudar o próximo com respeito a coisas materiais. Ser fraterno é prestar mais atenção nas “pessoas” e ter sensibilidade para entender que precisamos uns dos outros em diversos momentos de nossas vidas e de diversas formas também.
Por isso estejamos atentos a todo o momento, lembrando que a ansiedade e a pressa são as grandes inimigas da perfeição.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A honestidade que às vezes dói

Muitas vezes, temos vontade de dizer coisas que por algum motivo, ficam apenas na vontade. A verdade é que nos preocupamos muito com os que os outros vão pensar da gente.
Por que o ser humano é assim? ...será que todos os seres humanos são assim?
Temos a mania de ouvir coisas desagradáveis e ainda assim não falar tudo o que estamos pensando simplesmente para não magoar. Isso é ser bom ou ser idiota?
Hoje o conceito de bondade está completamente destorcido. Tomamos uma atitude responsável e somos chamados de trouxas.
Será que a nossa sociedade vai aprender que a única solução é tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados?
Por que as pessoas não param para pensar? Por que será que agem tanto por impulso?
Será falta de tempo? ...ou... educação?
Se o problema é educação, talvez tivéssemos que estudar a árvore genealógica de cada indivíduo e seria bastante trabalhoso descobrir o grande culpado em gerações e gerações.
E a sociedade? O governo? Os Educadores?
Ah, complicado! A verdade é que tudo depende de nós mesmos, da nossa consciência, da forma como discernimos as informações que recebemos em nosso dia a dia. Somos nós mesmos os grandes responsáveis por sermos ou não verdadeiros. Só precisamos tomar certo cuidado com assuntos delicados e pessoas problemáticas. O diálogo é o melhor remédio e a sinceridade também. É difícil às vezes ser sincero sem ofender, mas com jeitinho e colocando-nos no lugar daquela pessoa, é possível. No fundo, sabemos como gostaríamos de receber aquela notícia se estivéssemos no lugar dela.
Quando não falamos a verdade, mesmo que seja para não machucar, estamos passando por cima de nós mesmos, do nosso eu. Mudamos assim, muitas vezes, o curso da história e talvez isso tenha lá na frente, conseqüências muito sérias.
Não ficam dúvidas, a sinceridade é o ponto de equilíbrio de uma conversa produtiva e verdadeira.
E só assim nos sentiremos honestos e satisfeitos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Valores e...Valores

Ah as palavras! O que seria da nossa comunicação sem as palavras?
Como se comunicam as pessoas portadoras de necessidades especiais?
Quem são os verdadeiros portadores de necessidades especiais?
Somos todos especiais. Especiais pelas nossas deficiências, especiais pela nossa capacidade.
E... o que é a capacidade? Onde está a nossa capacidade de entender o que é a vida? De entender o que queremos da vida e o que fazemos com a nossa vida. E com a vida dos nossos convivas?
Palavras difíceis às vezes nos fazem descompreender. (risos)
Para mim a vida é um aprendizado onde nem sempre sabemos utilizar as lições. Elas estão à nossa frente e nem mesmo as enxergamos, que dirá aplicá-las em nosso dia a dia.
Filosofar, filosofar... não nos faz atores da peça. Filosofar nos faz pensadores.
Os pensadores são intelectos que descobrem segredos da vida e correm o risco de ver toda sua descoberta perdida se não for utilizada em benefício de algo.
O homem é pensamento, é filosofia, é estudo, é cheio de idéias fantásticas que se não forem colocadas em prática se perdem no tempo e vagam no espaço...
Nosso mundo é tão dinâmico. São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Nós estudamos e estudamos, pesquisamos, descobrimos, aprendemos, aprendemos, aprendemos...
Esse nosso mundo precisa de homens com atitude. O chamado ignorante, mal educado, desafortunado pode ser rico. Rico em sentimentos, rico em experiências, rico em atitudes. Ele não tem tempo para filosofar, filosofar... mas encontra tempo para amar, sofrer, rir e chorar, arregaçar as mangas, lutar, caminhar, correr, suar... e ter...atitudes...ver o tempo passar e se lembrar das lições da vida. Autodidata ele corre atrás do tempo para estudar com as experiências vividas no grito. Sua oportunidade está no dia a dia e seu coração encontra tempo até para amar!
Quais são os verdadeiros valores? Quem somos nós afinal? Somos um misto de espiritualidade, com genialidade, com fé, com medo, com paradigmas, dúvidas, coragem, esperança... procurando a felicidade, a emoção, o amor verdadeiro, a satisfação, a perfeição e...a eternidade do ser. Quais são as ferramentas? Quem serão os autores da nossa história?
Nada importa se não amarmos, nada importa se não formos humanos, nada importa se não formos fraternos. Nunca estaremos sós, nunca ficaremos estáticos. A espiritualidade do ser é dinâmica. E nós, todos, sem excessão, à nosso modo, somos imprescindíveis.