segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nadar, nadar e ...morrer na praia

Este final de semana estive em J...,litoral norte de São Paulo. É um lugar muito lindo, praia limpíssima, água cristalina, muito verde.
Mas... não parecia que estávamos no Brasil. Brasil de brasileiros, brasileiros mesmo.
Procuramos (eu e meu marido) um barzinho. Um desses que a gente senta na beira da praia com cadeirinhas de madeira. Lugar descontraído onde você pode comer uma isca de peixe, um camarãozinho...e pagar um preço normal, acessível. Acho que esses donos de restaurante estão completamente fora da realidade. Perderam a noção de quanto vale uma refeição ou querem ganhar tudo o que não ganharam durante o ano na baixa temporada. Quanto pode ou deve custar um prato como esse, se você está na praia... litoral... mar... não é lá que se pescam os peixes? Não é lá que deveríamos pagar um preço menor pela facilidade de se pescar e não ter custos de transporte, caminhão refrigerado, etc? Não havia barzinho, restaurantezinho, nem barraquinha. Havia apenas restaurantes chiquérrimos com preços absurdos onde uma refeição individual não custa menos de R$45,00 isto sem contar o couvert e os 10% do garçom. Em nenhum deles conseguimos uma porção de peixe frito! Muito interessante! E os pescadores? Do que vivem? Acho que mudaram de profissão, pois se dependessem daquela gente fresca e esnobe que passa o dia nos resorts e hotéis morreriam de fome. Os tais restaurantes praticamente vazios, com meia dúzia de “gatos pingados” e as pessoas de classe média não podendo freqüentá-los. Acho que a imprensa deveria fazer uma matéria sobre isso e pesquisar o que acontece em nossas praias, tão lindas, que já não são mais nossas. Pertencem hoje aos “gringos” cheios do dinheiro que acham tudo uma “bagatela” enquanto que nós, os verdadeiros donos do lugar, ficamos a “ver navios”.

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