quinta-feira, 4 de março de 2010

Priorizando a consciência

Esses dias li um artigo escrito pelo cantor e compositor Herbert Vianna.
Admirei a sua atitude.
Falava a respeito de uma juventude que coloca à frente de tudo, a aparência.
É uma pena que seja a mais pura verdade. Tão cheios de vida, saudáveis e privilegiados por viver num país como o nosso, com total abertura em todos os sentidos, não dão o menor valor ao que realmente importa. Fazem-se tristes e problemáticos, vítimas da sociedade, culpam a aparência, os pais, a escola e, não conseguem enxergar o que vêem à frente. Regimes doentios, aparência cadavérica, o que importa é chamar a atenção.
Sim. Mas de quem?
Imagino que nem eles próprios saibam.
Tanto potencial enrustido, tanta capacidade perdida entre idas e vindas às academias e farmácias. Como disse nosso amigo Herbert: “jovens anoréxicos e bulímicos” viciados em exercícios físicos e nas chamadas “bombas”.
Por que alguns jovens de hoje querem tanto destaque?
O que se pode esperar de uma geração que tem como referência musical o grupo Calypso, de uma geração que passa noites assistindo a reality show como big brother ou a fazenda?
Parte da juventude atual está cada vez mais perdida, completamente equivocada no que diz respeito a valores, pensando apenas em futilidades. Sem ideais, não conhecem a vida e nem si mesmos. Desconhecem a política, a religião, bons livros e fixam objetivos em imagens, enquanto há tantos outros estudando, trabalhando, produzindo, enfrentando dificuldades, deficiências físicas verdadeiras e arriscando por seus ideais?
A maioria dos pais está sempre na correria e não sabe discernir o que é prioridade na vida de seus filhos. Encontram-se perdidos entre o tempo de completar as tantas tarefas, o tempo para o trabalho, o tempo para os filhos, tempo para o lazer, tempo para eles mesmos.
As atitudes dos pais certamente influenciam sobremaneira as dos filhos.
Juventude é sinônimo de futuro. Daí a necessidade de se obter orientação adequada para cuidar da mente. Para tanto, não existe fórmula, não existe receita, o importante é fazer algo em caráter preventivo, ou seja, trabalhar amando, orientando, dando exemplos, acompanhando a juventude, que quando incentivada e orientada devidamente é capaz de criar, desenvolver e realizar com plenitude.
Ao contrário do que pensam alguns pais, a educação não começa na escola e sim em casa.
Sempre perdemos quando não nos damos conta do tempo.
O amor é sempre o melhor remédio, desde que não erremos a dose.

2 comentários:

  1. Uau, tenho muito para refletir agora. Minha geração (tenho 29 anos) é mesmo uma geração fraca, doentia. Há liberdade, mas liberdade demais em áreas que necessitam de mais restrição. Achei ótima a sua posição.

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  2. Sabe Larisse, não quero com isso passar a idéia de moralismo exagerado, apenas quero ajudar com minhas experiências de vida, abrir os olhos dos jovens,porque há muita coisa útil pra se fazer pela sociedade que a gente vive. Cultura é essencial. Abrç

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